Além do nosso coração, todos temos um grande tesouro para descobrir. Vou te explicar melhor e quero te contar um pouco da minha história.

Admiro muito o escritor Herman Hesse.  O livro “O lobo da estepe” é uma obra incrível que mostra, de uma maneira fantástica, a personalidade complexa de um homem dividido (Harry Haller), com múltiplos “eus”, com uma natureza animal e outra humana.  Ambas lutam permanentemente para se impor e para ganhar, numa realidade que o oprime e que o deixa triste, mas que ao mesmo tempo acaba sendo libertadora. Recomendo muito este livro!

Muitas vezes eu também me senti assim, uma pessoa dividida, uma parte de mim querendo liberdade total e uma vida sem rotinas, e a outra parte, mais conservadora, procurando segurança e estabilidade.  

Durante a minha juventude, provocou-me bastante angústia não saber qual era minha vocação verdadeira, pois meus vários “eus” estavam sempre em conflito.   Com a maturidade e todas as experiências vividas, hoje as dúvidas não existem mais. O autoconhecimento permitiu que eu me redescobrisse. Hoje, aceito minhas variadas habilidades e vocações como uma vantagem, pelo fato de ser uma “alma generalista”, com vontade de aprender e de ajudar, de servir as outras pessoas e, assim, colaborar com o mundo.

Quando nós nos aceitamos profundamente e tomamos consciência dos nossos talentos únicos, nós nos conectamos com a energia de abundância do nosso ser, abundância de amor e consciência de que somos amados pela vida.  Assim, a vontade de compartilhar os nossos dons e habilidades com as outras pessoas pode ser o começo de uma vida profissional próspera e focada no que amamos e no que nos faz bem.

Amor a nós mesmos também é autoconhecimento, saber quem somos de verdade.  Tenho aprendido muito com o Coaching, técnicas e ferramentas poderosas para aumentar o autoconhecimento.  As viagens também foram  grandes oportunidades de mergulho interno. O fato de sair da rotina, ver outras realidades e conhecer outras culturas nos mostra também uma parte de nós mesmos.  

Assim, podemos descobrir talentos que não sabíamos que existiam. Inclusive, como aconteceu comigo, descobri que há múltiplas atividades profissionais que eu amo e que quero desenvolver.  

Posso garantir-lhes que a sensação de plenitude que dá o autoconhecimento é como chegar em um oásis depois de ter passado meses no deserto. Nesse oásis, além de beber a água, as ideias ficam esclarecidas e o espírito se renova.  

Na Grécia antiga, o Oráculo de Delfos era dedicado principalmente ao deus Apolo e estava centrado num grande templo, ao qual vinham os antigos gregos para colocar questões aos deuses. As respostas do Oráculo eram sempre consideradas de verdades absolutas.

Mas na entrada do Oráculo, está escrita a frase abaixo que,  possivelmente foi escrita em 600 a.c:

“Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo”.

Então procuremos o autoconhecimento e assim teremos conquistado o maior tesouro, saber quem somos de verdade, saber quais são os nossos talentos e usar eles para transformar o mundo e assim,  sermos transformados.

Por último, quero te propor um exercício. Fique em silêncio, encontre um lugar tranquilo, preferentemente na natureza, para escrever acerca de você:

  • Quem eu sou?
  • Como posso impactar de maneira positiva a vida das outras pessoas?
  • Qual é a mensagem que gostaria de comunicar para o mundo? Qual é o legado que gostaria de deixar nesta vida?
  • Estou hoje no caminho que eu quero na minha vida pessoal e profissional?  Estou usando meus talentos e habilidades?
  • Tenho algum grande sonho para concretizar nesta vida? O que eu poderia fazer hoje para ir em busca deste sonho?

Espero que esta semana seja de muitas descobertas!

Abraços,

Dolores

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